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Educação Bilíngue

Consideramos Educação Bilíngue qualquer situação em que a comunicação entre alunos e professores envolva práticas multilíngues, ou seja, comunicação em dois ou mais idiomas. No contexto escolar, os programas de educação bilíngue têm as línguas como meio de instrução e os conteúdos acadêmicos são ensinados por meio delas.

Crianças felizes com livros

Mas a educação bilíngue é muito mais do que oferecer aos estudantes conhecimento e domínio de idiomas como um diferencial para o mercado de trabalho. Especialistas educacionais defendem que, no século 21, este é um caminho para promover uma educação igualitária e global, pois ao se ensinar em mais idiomas desenvolve-se múltiplos entendimentos sobre língua e cultura, incentivando a apreciação, tolerância e respeito pela diversidade humana.

Nesse cenário é que se faz importante o papel do psicopedagogo: atuando no suporte emocional, cognitivo e escolar de crianças/adolescentes em contexto bilíngue e multicultural; ajudando a promover o resgate da identidade, da essência e da subjetividade do aluno; e auxiliando-o tanto na ressignificação de suas aprendizagens quanto a transpor seus conhecimentos de uma língua para outra. Atua também orientando as famílias e instituições escolares quanto à importância do acolhimento dos sujeitos bilíngues e na condução de ações preventivas, sempre com o cuidado de respeitar a história e a individualidade de cada sujeito.

“Toda língua é estrangeira, na medida em que provoca em nós estranhamentos, e toda língua é materna, na medida em que nela nos inscrevemos, em que ela se faz ninho, lar, lugar de repouso e aconchego”.

 

Maria J. Coracini

 

 

Em sessões de aproximadamente 50 minutos, eu presto apoio e suporte emocional, cognitivo e escolar a crianças/adolescentes em contexto bilíngue e multicultural. Para isso, são propostas atividades lúdicas de interesse da criança/adolescente, como contação de histórias, jogos de tabuleiro, jogos simbólicos, de criação e até mesmo realização de atividades acadêmicas, como lição de casa, como ferramentas para favorecer o acesso ao novo idioma (inglês ou alemão são as línguas com que trabalho).

 

Também utilizo estratégias para auxiliar na adaptação de alunos em uma nova escola e cultura, orientando não apenas os filhos mas também pais e familiares em processo de mudança de escola, cidade ou país. Para isso, faço alguns encontros pontuais no início do trabalho, para entender o ambiente e acolher as necessidades da criança/adolescente, além de outras sessões para alinhamento e devolutiva, caso precise.

Minha educação bilíngue na prática

Perguntas que recebo sobre a educação bilíngue
Contratar esse serviço significa
que meu filho vai aprender um
novo idioma?

O que ofereço em meu trabalho não são aulas de idiomas (inglês e alemão). Mas, de certa maneira, sim, o paciente vai aprender a outra língua estudada. Porque, à medida em que interajo com ele, dando apoio cognitivo e emocional ao aprendizado do primeiro idioma, gradativamente o repertório linguístico no novo idioma se ampliará. O aluno passará por um processo chamado transferência linguística, que é transição entre as línguas, sempre construindo e estabelecendo relação entre elas e atribuindo significado linguístico e emocional entre aquilo que ele já sabe e o novo.

Se meu filho não está em uma escola bilíngue, mas estou pensando em colocá-lo. Este serviço também é para nós?

Sim, porque a partir de estratégias lúdicas e da adoção de materiais de apoio, como jogos, brincadeiras, trabalhos manuais, leitura, entre outros, será realizado um trabalho de sensibilização emocional e cognitivo, respeitando o tempo e as áreas de interesse da criança e preparando-a para receber conteúdo em mais de um idioma. O objetivo é evitar apenas o ensino funcional do idioma como um fim em si mesmo, e sim atribuir sentido e significado para além dos conteúdos acadêmicos e que estejam relacionados ao sentimento de conforto e acolhimento do aluno, para que ele se relacione genuinamente com aquele novo idioma.

Se a educação bilíngue do meu
filho será de muitos anos, isso significa que ele precisará do acompanhamento psicopedagógico igualmente por
muito tempo?

Não! Cada caso tem sua especificidade, e a quantidade de sessões e meses dependerá das demandas cognitivas e emocionais da criança/adolescente, assim como do seu repertório linguístico, da sua interação com os conteúdos acadêmicos e seu grupo social, e de sua condição interna em dar continuidade aos novos desafios de forma autônoma. Mas nada nesse processo é estático ou definitivo, e será importante manter o diálogo entre profissional, aluno, família e escola, para juntos reavaliarmos, de tempos em tempos, a necessidade de se manter ou encerrar os atendimentos. Lembran-do que o objetivo será sempre a autonomia global do paciente, e nunca a dependência do psicopedagogo em seu aprender.

Novo país, nova educação, novas demandas

Um trabalho muito importante que faço é no acompanhamento de crianças/adolescentes que se mudaram com suas famílias para um novo país. Como mãe que passou por essa situação, pude ver na prática os desafios que os alunos enfrentam ao se inserirem em uma nova cultura e terem que, muitas vezes de uma hora para outra, se acostumar e aprender em um novo idioma. Nesse sentido, meu trabalho como psicopedagoga consiste em:

 

Atender crianças/adolescentes que tenham recém chegado ao novo país e que não dominem tanto o idioma local quanto o da escola que irão frequentar.

Mediar a interação entre família e escola, para troca de informações, recomendações e compartilhamento de materiais que poderão ser utilizados durante os encontros (o material didático utilizado em sala de aula, por exemplo, colaborará e enriquecerá o trabalho.

Ajudá-los com acolhimento emocional, cognitivo e escolar, tornando mais fluida a adaptação tanto ao aprendizado quanto aos aspectos culturais.

Trabalhar para que no menor tempo possível esse aluno tenha autonomia emocional, linguística e acadêmica em seu novo país, gerando boa interação social com pares e bom desempenho acadêmico.

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